quarta-feira, 28 de março de 2012

DISTRITO DE ANGUSTURA VAI COMEMORAR 171 ANOS COM APRESENTAÇÕES CULTURAIS



Neste dia 30 de março, o Distrito de Angustura estará completando 171 anos e a Prefeitura de Além Paraíba, através de sua Secretaria de Cultura, está preparando uma festa com várias apresentações culturais.

Mais uma vez, a Secretaria Municipal de Cultura escolheu uma programação bem variada, para agradar a todos os gostos e idades.

A partir das 18 horas, na sexta-feira, dia 30 de março, a festa vai começar com a participação da Sociedade Musical Sete de Setembro, seguida por apresentações dos grupos formados por alunos das oficinas da Casa da Cultura de violino e violão, além da apresentação dos Professores.

Ainda na programação, que terá como palco a Praça Clóvis Salgado, uma moderna apresentação de Danças Urbanas, encerrando, por volta das 21 horas, com a participação do Grupo de Seresteiros de Além Paraíba.




Foto: Acervo Mauro Senra

FONTE:ASCOM PMAP

terça-feira, 20 de março de 2012

SALVE SÃO JOSÉ!!! SALVE ALÉM PARAÍBA!!!


SÂO JOSÉ DE ALÉM PARAÍBA - BLOG: ALÉM PARAÍBA HISTÓRIA – MAURO SENRA
A LENDA DO PADROEIRO

As lendas são para a história o que as flores são para vida: enfeitam-na. Embelezam-na. Dão-lhe matiz agradável, suave e pitoresco.
Em torno da imagem que Padre Miguel Antônio Paiva colocou na Capela dos Índios em 5 de janeiro de 1819, conforme seu próprio relato, formou-se uma lenda. A imagem existe, conservada na Igreja Matriz de São José em Além Paraíba.
Surgiu, pois, a lenda – fruto da crendice popular e sua simplicidade em explicar fatos não de todo esclarecidos.
A poesia do historiador alemparaibano Dr. Octacílio Coutinho traduziu o acontecimento – o achado do padroeiro e sua retirada das águas, da seguinte maneira:

O PADROEIRO

Diz à lenda que um dia, junto ao rio assentado,
Frei Miguel, mudo, sozinho, meditava preocupado.
Vez por outra a vista erguia, para o céu assim olhando,
Diz-se-ia que a Deus mesmo, algo estava perguntando.

Outras vezes à floresta, firme olhar endereçava,
Neste gesto de alguém, que uma coisa procurava.
Pensamento, longe, alheio, ao que existe neste mundo,
Absorto inteiramente, no cismar longo profundo.

Decisão muito importante, que tomar não decidia,
Quem si que mesmo o fervor, sua alma alivia.
- “Ó Senhor, a luz envia! Ó meu Deus, clareia a mente.
Que ajudar-me nessa hora, ó meu Pai, só tu somente!

Pois hesito, eu te confesso, e me perco e me confundo,
Aí de mim, um pobre cura, como tantos nesse mundo.
Pois prevejo que em torno, dessa igreja irá surgir,
Uma vila, uma cidade, e depressa progredir.

E desejo que ela fique, para sempre resguardada,
Sob o manto milagroso, de uma imagem abençoada.
Desventurado achar não posso, o padroeiro protetor,
Compaixão me ajuda agora, ó meu santo criador”.

Mal findara essa oração, Frei Miguel se aquietava,
E sentiu que a alma, enfim, duma angustia se livrava.
Algo então aconteceu, um milagre operou:
Eis que olhando o Paraíba, o coração quase parou.

Uma coisa, um objeto, lá nas águas distinguia,
O que era com certeza, o Vigário não sabia.
Mergulhou as mãos no rio, entre aflito e curioso,
Mui depressa retirando, o objeto precioso.

Só então se certificou, e sorriu feliz contente:
Deus lhe dava na verdade, um belíssimo presente.
A chorar ajoelhou-se, com a imagem abraçado,
Soluçando, ao rio, ao céu, enviou o seu “obrigado”.

Levantou-se. E a imagem fita, fato estranho logo nota,
Um perfeito São José, mas calçado com uma bota.
Respeitoso dá-lhe um beijo, e a venera humildemente,
Coloca-lo vai depois, na ermida piamente.

Vêm soldados, mercadores, vêm mulheres e o gentio,
A rezar aos pés da imagem, ofertada pelo rio.
São José d’Além Paraíba, logo foi denominado,
Padroeiro dessa terra, e por ela muito amado.

terça-feira, 13 de março de 2012

UMA “ÁRVORE” – UMA PONTE! CAMINHOS QUE SE CRUZAM.



PREFEITURA MUNICIPAL DE ALÉM PARAÍBA
DIVISÃO DE MEIO AMBIENTE
AÇÃO COM RESPONSABILIDADE SÓCIOAMBIENTAL
KLINGER VIEIRASENRA – CRBiO 447720-4D

UMA “ÁRVORE” – UMA PONTE! CAMINHOS QUE SE CRUZAM.

A natureza às vezes nos reserva surpresas agradáveis. E como estamos precisando disso após a tragédia das enchentes. Em nosso mundo de corre-corre muitas vezes passamos e “não vemos” o que está a nossa volta, sejam coisas boas, feias, belas, más, ruins ou inspiradoras.

Inicio assim este diálogo para dizer que me surpreendi por não ter notado antes “a árvore da ponte”. Me considero um observador razoável, sem entrar no mérito se esta é uma qualidade boa, etc., ainda mais sendo hiperativo. O sou principalmente devido à minha profissão (Biólogo), que nos conduz muitas vezes a detalhes estranhos ou pouco relevantes para outros, como o lado em que o inseto entra em uma flor para polinizá-la ou às necessidades mínimas para uma semente germinar e se desenvolver.

Assim, após tomar conhecimento que a ponte estava para cair devido a uma árvore, através dos meios oficias de comunicação, pois não sou afeito a passar horas em frente ao computador (prefiro muito mais a companhia de minhas filhas e esposa ao ar livre, inclusive contemplando árvores) e atendendo a solicitação do Prefeito fui verificar esta situação emergencial e crítica (?).

Após a avaliação, inclusive feita pelo engenheiro, pois não entendo nada de estrutura de ponte e concretos, chegamos a conclusão que não há o mínimo risco da planta ter afetado a estrutura da ponte. Aliás, a dramaticidade de alguns dizendo que a ponte estava para cair não trás nada de proveitoso para a sociedade. Senhores, sejamos mais objetivos e atuemos em prol do bem estar, não do caos. Quem passou pelos sofrimentos da enchente sabe do que falo.

Alguns esclarecimentos se fazem necessários, pois o que recebi trás algumas informações de caráter profissional e me parece que o Sr. Carlos Senra não tem a mesma concepção que eu, isto é, o que entendo por ecologia, ecologismo, ecologista, meio ambiente e ambientalista, após 4 anos de Bacharelado em Biologia, mais um de Especialização em Meio Ambiente e 2 de Mestrado. Como não conheço sua formação, acredito que o mesmo tenha se enganado, isso acontece, ou siga outra linha ao dizer que a “árvore esta lá para sorte dos ecologistas que preferem que a ponte caia”. Portanto, caro senhor, para seu conhecimento os verdadeiros ambientalistas, com base profissional para tal, atuam em uma linha chamada SOCIOAMBIENTAL, pois temos certeza das mútuas e dinâmicas interdependências do social e ambiental.

Assim, para alguns que questionaram, a “árvore” que lá se encontra é ainda um arbusto, portanto, estão utilizando o termo técnico errado. A mesma é um Ficus, mais precisamente um Ficus benjamina, de origem asiática e realmente um grande predador/parasita capaz de matar outras árvores e com grande capacidade de adaptação, permitindo inclusive que sobreviva em espaços restritos e condições severas. Até mesmo em frestas de pontes! Suas folhas e galhos foram cortadas e na impossibilidade de retirar sua base caulinar a mesma passará por tratamento específico para evitar seu rebrotamento. Podem passar pela ponte tranquilamente, se era um problema, não é mais.

Compreendo que o facebook é atrativo e tal, mas eu não sou muito adepto destes processos de contatos (?) distantes, portanto, quando verificarem algo importante para a coletividade, entrem em contato por outros caminhos (desenvolvimento@alemparaiba.mg.gov.br). Isso poderia ter sido resolvido de maneira mais simples e proveitosa ao tempo de todos. Parafraseando F. Pessoa, precisamos ter cuidado ao dizer alguma coisa, para que as palavras não sejam piores que o silêncio.

A verdade é que este pequeno arbusto escolheu este pedacinho de ponte para poder ver o mundo passar.

Certo da especial atenção coloco-me à disposição desde que seja para o bem da coletividade.

Além Paraíba, 13 de Março 2012

Atenciosamente Klinger V. Senra
Divisão de Meio Ambiente

Fonte: ASCOM PMAP