terça-feira, 13 de março de 2012

UMA “ÁRVORE” – UMA PONTE! CAMINHOS QUE SE CRUZAM.



PREFEITURA MUNICIPAL DE ALÉM PARAÍBA
DIVISÃO DE MEIO AMBIENTE
AÇÃO COM RESPONSABILIDADE SÓCIOAMBIENTAL
KLINGER VIEIRASENRA – CRBiO 447720-4D

UMA “ÁRVORE” – UMA PONTE! CAMINHOS QUE SE CRUZAM.

A natureza às vezes nos reserva surpresas agradáveis. E como estamos precisando disso após a tragédia das enchentes. Em nosso mundo de corre-corre muitas vezes passamos e “não vemos” o que está a nossa volta, sejam coisas boas, feias, belas, más, ruins ou inspiradoras.

Inicio assim este diálogo para dizer que me surpreendi por não ter notado antes “a árvore da ponte”. Me considero um observador razoável, sem entrar no mérito se esta é uma qualidade boa, etc., ainda mais sendo hiperativo. O sou principalmente devido à minha profissão (Biólogo), que nos conduz muitas vezes a detalhes estranhos ou pouco relevantes para outros, como o lado em que o inseto entra em uma flor para polinizá-la ou às necessidades mínimas para uma semente germinar e se desenvolver.

Assim, após tomar conhecimento que a ponte estava para cair devido a uma árvore, através dos meios oficias de comunicação, pois não sou afeito a passar horas em frente ao computador (prefiro muito mais a companhia de minhas filhas e esposa ao ar livre, inclusive contemplando árvores) e atendendo a solicitação do Prefeito fui verificar esta situação emergencial e crítica (?).

Após a avaliação, inclusive feita pelo engenheiro, pois não entendo nada de estrutura de ponte e concretos, chegamos a conclusão que não há o mínimo risco da planta ter afetado a estrutura da ponte. Aliás, a dramaticidade de alguns dizendo que a ponte estava para cair não trás nada de proveitoso para a sociedade. Senhores, sejamos mais objetivos e atuemos em prol do bem estar, não do caos. Quem passou pelos sofrimentos da enchente sabe do que falo.

Alguns esclarecimentos se fazem necessários, pois o que recebi trás algumas informações de caráter profissional e me parece que o Sr. Carlos Senra não tem a mesma concepção que eu, isto é, o que entendo por ecologia, ecologismo, ecologista, meio ambiente e ambientalista, após 4 anos de Bacharelado em Biologia, mais um de Especialização em Meio Ambiente e 2 de Mestrado. Como não conheço sua formação, acredito que o mesmo tenha se enganado, isso acontece, ou siga outra linha ao dizer que a “árvore esta lá para sorte dos ecologistas que preferem que a ponte caia”. Portanto, caro senhor, para seu conhecimento os verdadeiros ambientalistas, com base profissional para tal, atuam em uma linha chamada SOCIOAMBIENTAL, pois temos certeza das mútuas e dinâmicas interdependências do social e ambiental.

Assim, para alguns que questionaram, a “árvore” que lá se encontra é ainda um arbusto, portanto, estão utilizando o termo técnico errado. A mesma é um Ficus, mais precisamente um Ficus benjamina, de origem asiática e realmente um grande predador/parasita capaz de matar outras árvores e com grande capacidade de adaptação, permitindo inclusive que sobreviva em espaços restritos e condições severas. Até mesmo em frestas de pontes! Suas folhas e galhos foram cortadas e na impossibilidade de retirar sua base caulinar a mesma passará por tratamento específico para evitar seu rebrotamento. Podem passar pela ponte tranquilamente, se era um problema, não é mais.

Compreendo que o facebook é atrativo e tal, mas eu não sou muito adepto destes processos de contatos (?) distantes, portanto, quando verificarem algo importante para a coletividade, entrem em contato por outros caminhos (desenvolvimento@alemparaiba.mg.gov.br). Isso poderia ter sido resolvido de maneira mais simples e proveitosa ao tempo de todos. Parafraseando F. Pessoa, precisamos ter cuidado ao dizer alguma coisa, para que as palavras não sejam piores que o silêncio.

A verdade é que este pequeno arbusto escolheu este pedacinho de ponte para poder ver o mundo passar.

Certo da especial atenção coloco-me à disposição desde que seja para o bem da coletividade.

Além Paraíba, 13 de Março 2012

Atenciosamente Klinger V. Senra
Divisão de Meio Ambiente

Fonte: ASCOM PMAP

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